NUTRIÇÃO ESPIRITUAL
NUTRIÇÃO ESPIRITUAL
Você já se sentiu alguma vez como se estivesse vazio por dentro, sem forças para continuar? Viu-se olhando para o lado, para cima, para o espelho, e não achou sentido em nada?...
Agora lembre-se daqueles momentos em que se sentiu energizado, confiante, estimulado e com o coração cheio de alegria e firmeza, pronto a extrair dos dias as melhores coisas possíveis. A vida parecia ótima de se viver, não é verdade?!
Existe algo mais profundo quando dizemos que alguma coisa “alimenta a nossa alma”. Na verdade, precisamos sempre nos nutrir internamente, alimentar nosso íntimo. O processo é muito simples: algumas coisas atuam sobre o nosso íntimo, o nosso “eu”, como um verdadeiro alimento, capaz de fazer toda a diferença num dia, numa semana, ou até durante um longo período de tempo.
Um corpo cansado se regenera e responde a uma alimentação saudável, rica em nutrientes, pois precisa delas para viver com saúde. Sem alimentação adequada, o corpo adoece e fenece. Da mesma forma, deixar de nutrir a alma é como se alimentar mal ou parcamente. Sentimos a força interior se esvair e sobrevém um cansaço na vida, um cansaço da vida. Não há ânimo para nada e tudo parece difícil, quase impossível. Nesse ponto, o tão necessário alvo do desenvolvimento interior parecerá apenas uma bonita frase ressoando ao longe, quase inaudível para ouvidos tão esgotados.
Ignoramos muitas vezes o real valor daquilo que nos é oferecido como alimento de alma. Sabemos o que de fato nos é útil? Será que sabemos escolher criteriosamente, com todo o cuidado, o alimento interior?
Se encararmos a vida como uma caminhada, repleta de possibilidades de receber e cultivar coisas belas, fazendo sempre uso da intuição espiritual, não será difícil separar aquilo que nos alimenta internamente daquilo que não, o que são pedras e o que é pão. Logo ficará claro aos caminhantes e buscadores tudo aquilo que, além de não nutrir, consome o restante de nossas forças e energias, tornando cada desafio impossível e o entendimento sobre a vida cada vez mais distante.
Aos cansados, aos desanimados, aos que buscam sem esperança ou que já desistiram de buscar, recomenda-se sempre, como as palavras de um bondoso e paciente médico: cuidar-se na forma como nutre a alma e o seu “eu” mais íntimo: o espírito. Uma vida repleta de quinquilharias e inutilidades não trará vigor a um espírito que anseia pelo que é útil e verdadeiro.
Devemos nos alimentar espiritualmente com aquilo que, de fato, é nutritivo para o nosso interior. Buscar, examinar a vida e puxar o fio das coisas nobres com uma dieta interior equilibrada, com uma reforma pessoal motivada pela consciência mais plena daquilo que nos faz bem e do que não. Discernir as coisas que são úteis para amainar nossa sede existencial daquelas que só nos desviam do caminho, que consomem nosso tempo e as horas e que, por fim, não nos oferecem nada em troca. Examine sua vida interior neste momento e responda para si mesmo: o que são pedras e o que é pão para alimentar o seu espírito?